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Sexo, Drogas e Rock and Roll...

Até alguns anos atrás, os professores passavam por apertos quando algum aluno fazia alguma pergunta embaraçosa. Assuntos ligados a práticas sexuais não ortodoxas, violência (telejornais do mundo todo adoram esses temas), drogas, racismo, impunidades e outras sacanagens em geral (deputados aumentando seus próprios salários, por exemplo).

Hoje, a situação é outra. Os professores são obrigados a tratar desses temas, de acordo com os novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Não importa qual seja a matéria que você leciona, você é obrigado a tratar de Temas Transversais como:
- Pluralidade Cultural
- Ética
- Saúde
- Orientação Sexual
Assuntos que, uma vez colocados, geram uma série de dúvidas e perguntas de seus alunos. Por isso, é preciso que o professor esteja preparado para responde-las. Antes de mais nada, certifique-se de que seus alunos sabem qual é a sua posição a respeito de temas como drogas e violência. Principalmente os mais novos vêem o professor como um exemplo. Portanto, seja um modelo coerente. Nada de imitar certos apresentadores de televisão: "Eu sou totalmente contra a violência. Na verdade, acho que essas gangues de lutadores deveriam ser apedrejadas em praça pública!".

Comportamento - Um professor sempre deve tomar cuidado com o que fala e faz em sala de aula. Quando se trata de um assunto como sexo ou racismo, então, preocupe-se em dobro. Se estiver em dúvida sobre falar ou não algo para seus alunos, faça-se essas duas perguntas:
- Eu diria isso a meu filho?
- Se essa aula fosse filmada e apresentada a um grupo de pessoas, elas poderiam considerá-la ofensiva?

Aplique essas mesmas questões ao comportamento de seus alunos. Piadas racistas, por exemplo, merecem tolerância zero dentro de sua classe. O mesmo vale para algumas expressões e palavrões. Contra outros, não adianta lutar. Para que perder tempo tentando evitar que seus alunos falem "bunda", por exemplo? No entanto, combater esse comportamento de forma errada pode fazer com que os alunos parem de participar das aulas. Por isso, repreenda corretamente. Use frases como: "Isso que você acabou de falar ofende a mim e a muitas pessoas" ou "esse tipo de comportamento pode lhe causar vários problemas lá fora". Se for o caso, ensine-os sinônimos mais adequados para exprimir aquela idéia.

Acima de tudo, não fuja de uma pergunta desse tipo. Certo educador disse: "não permita que o conteúdo programático sobreponha o elemento humano". Não tenha medo de parar uma aula para conversar alguns minutos com os alunos sobre esses temas, se sentir que eles precisam de uma palavra mais experiente e responsável naquele momento.

Muitas vezes, tais assuntos aparecem em sua sala da pior maneira possível: um aluno é pego com drogas ou briga com alguém. Nessas horas, algumas instituições de ensino tomam a pior atitude possível: fingem que o problema não existe, deixam os outros alunos especulando, e, não raro, transformando o colega em bandido ou herói.

Esconder o acontecido ou adotar a lei do silêncio nunca funciona. Pergunte a seus colegas mais experientes: por acaso a censura à imprensa impediu as pessoas de saberem das mazelas do regime militar? Pois é.

Ao invés disso, mencione o acontecido (se for preciso, omita nomes), e aproveite para discutir com seus alunos os malefícios daquela ação, ou, em casos mais leves, das diferenças de culturas. Por exemplo, uma aluna de outra religião, que saia da escola para se casar com alguém que ela viu poucas vezes na vida.

Fonte: Revista Profissão Mestre

30/04/24
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