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A IMPORTÂNCIA DA EMPATIA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

                A empatia na educação inclusiva é o principal caminho para ensinar a todos (colaboradores, famílias e em especial os alunos), e lidar com as diferenças na sala de aula. As pessoas com deficiência encontram diversas barreiras em seu percurso escolar, como a falta de inclusão e acessibilidade. Essas dificuldades prejudicam o cotidiano desses alunos, afetando os seus desempenhos e aprendizados. No entanto, desenvolver práticas que reconheçam o outro e as suas diferenças é um processo cuidadoso, que necessita de atenção de todos os envolvidos. 

                Apesar da empatia significar o ato de se colocar no lugar do outro, este conceito vai muito além. Empatia, principalmente falando sobre a educação inclusiva, está nas práticas de reconhecer o outro, compreender as suas diferenças e respeitá-las. 

                Todos possuem diferenças e isso é o que caracteriza a diversidade em sala de aula, ignorá-la é dificultar a empatia e a própria inclusão desses alunos. Assim, compreender quais são essas diferenças é ter empatia e reconhecer o outro e as suas necessidades. 

 

Empatia: a compreensão da igualdade e da diferença

 

                É imprescindível que saibamos que o outro é diferente de nós. Ele tem suas próprias expectativas, desejos, habilidades e valores. E só teremos certeza de que nosso pensamento coincide com o dele por meio de um ato bastante simples e, no entanto, extremamente complexo e pouco utilizado: relacionando-se com ele.

                A empatia serve para “desobjetificar” o outro, para vê-lo como sujeito e para que o coloquemos, simbolicamente, fora de nós. Ela é essencial para que possamos compreender o outro como um ser autônomo, não como um mero reflexo de nós mesmos. Essa compreensão é essencial para que percebamos a diferença.

                Não é um movimento simples, no entanto. Colocar-se nesse lugar significa conceber a existência de um outro, diferente de nós. É um movimento duplo: percebê-lo como ser humano – igual a mim – e percebê-lo como outro – diferente de mim. Só há empatia quando existe a compreensão da igualdade (de poder ser, existir, ter direitos) e da diferença (de necessidades, desejos etc.) simultaneamente.

 

Empatia na educação inclusiva e sem deficiência

               

                Essas práticas de empatia e inclusão também acabam refletindo em alunos que não possuem deficiência. Em um ambiente diverso e com realidades distintas, um aluno não deficiente pode ter o contato e se relacionar com os alunos com deficiência. A partir da empatia promovida e praticada pelo professor, este aluno pode perceber também a importância deste ato, tanto em sala de aula quanto na sociedade. Assim, o aprendizado é realizado em conjunto e se torna acessível a todos. 

                Desse modo, a inclusão e a empatia são exercidas desde cedo por esses alunos através dessa socialização. Com isso, a educação inclusiva traz benefícios não somente ao aluno com deficiência, mas sim a todos.

 

Compreensão das diferenças

 

                Além de promover a empatia, é fundamental que os estudantes desenvolvam a compreensão das diferenças. Isso envolve a conscientização sobre as diversas formas de diversidade, como deficiências físicas, transtornos do desenvolvimento, diferenças culturais e de gênero, entre outras. A educação para a compreensão das diferenças deve incluir a abordagem de estereótipos, preconceitos e a desconstrução de ideias preconcebidas.

                É importante que os educadores incentivem a reflexão crítica e o questionamento sobre as desigualdades presentes na sociedade, promovendo a construção de uma visão mais ampla e inclusiva. Através da educação para a compreensão das diferenças, os estudantes podem desenvolver uma postura mais empática e solidária, contribuindo para a construção de um ambiente escolar mais acolhedor e justo para todos.

              Igualmente importante, as famílias devem orientar e educar seus filhos, para que os mesmos respeitem seus colegas, independentemente, sejam eles de Educação Inclusiva ou não, pois todos possuímos diferenças (“nem os dedos de nossas mãos, são iguais”), promovendo um ambiente acolhedor, de empatia e compreensão. Evitem comentários, em famílias, que possam ser compreendidos como desrespeitosos na sociedade, assim você estará educando seu filho para a vida, para viver em sociedade.

 

Homogeneidade, narcisismo e a negação da diferença

 

                A mente humana, no entanto, tende a buscar a homogeneização. Ora, se o outro é igual a mim, eu não preciso ter medo de não ser aceito, de ser expulso, de não ser compreendido. Na busca por aceitação universal, combatemos a diferença e nos reduzimos à semelhança. É nossa herança narcísica: o mito de que todos são iguais a nós acabaria com os conflitos.

Mas, apesar disso, um pequeno detalhe se mantém: continuamos diferentes. Negar essa distinção é agarrar-se ao narcisismo e ver a todos como espelhos de nós mesmos. Como dizia Caetano Veloso: “Narciso acha feio o que não é espelho”. E uma consequência dessa negação é a objetificação do próximo. Aquele que é diferente deixa de ser sujeito humano e passa a ser objeto, a não ter mais desejo próprio, nem necessidades, nem valores, nem direitos, nem potencial. Parece-se conosco, mas não é humano. Deve ser evitado, excluído, apartado e, de preferência, esquecido.

                Essa forma de perceber o desigual foi chamada por Sigmund Freud de “narcisismo das pequenas diferenças”. Suas características mais marcantes são:

  • A imposição da minha realidade sobre a realidade do outro;
  • Pouca solidariedade e sentimento de estranheza e de hostilidade em relação a quem expõe a diferença.

                No primeiro aspecto, ao invés de interagir com o próximo, partimos do princípio de que nossos pensamentos coincidem, o que nos leva a acreditar que um só tratamento servirá a todos. Justificamos, assim, nossas aulas homogeneizadas, voltadas para um “aluno padrão”. No entanto, esse ser humano ideal sempre se confunde com a compreensão que temos, cada um de nós, da humanidade. Ensinar, nesse contexto, é repetir para si mesmo aquilo que já se sabe, da forma que já se sabe, no modelo que já deu certo.

                A segunda característica desse narcisismo nos faz estranhar e atacar todo aquele que não ratifica nosso pensamento. Quem não aprende da mesma forma se torna, então, o problema a ser hostilizado, aquele que não devia estar ali. Não porque ele não pode aprender, mas porque nega nossa igualdade e nosso narcisismo.

 

Competências e Habilidades

 

                Todas as pessoas, independentemente de suas eventuais diferenças, possuem competências e habilidades, as quais podem e devem ser estimuladas, seja no âmbito escolar ou na sociedade. Cada indivíduo, é único e particular, e exercerá seu papel na sociedade de acordo com as suas predisposições, sejam elas desenvolvidas ou inatas.

                Compreender as diferenças entre competências e habilidades é extremamente importante.  As competências são um conjunto de habilidades e conhecimentos relacionados, que podem ser desenvolvidos por meio de treinamentos ou experiências, e possibilitam a atuação efetiva em um trabalho ou situação. Por outro lado, as habilidades são qualidades que o profissional tem para realizar alguma atividade. São aquelas características que podem ajudar um profissional a desenvolver competências. Ou seja, a competência pode ser aprendida, já a habilidade é inata.

 

Reflexão

 

                Todos nós possuímos diferenças, sejam elas de qualquer natureza, fomos criados por famílias diferentes, com costumes e hábitos diferentes etc, contudo possuímos competências e habilidades. Quando no âmbito escolar, ambiente que “simula” nossa convivência em sociedade, estas diferenças surgem devido a convivência e a interação diária, e são “trabalhadas” para o desenvolvimento do indivíduo.  Portanto, é necessário, um olhar, bem como, empatia para conviver, compreender e respeitar. Cabe a nós, escola e família, orientar e educar nossos filhos, para respeitarem às nossas próprias diferenças e as diferenças dos demais.

 

Fonte: https://tix.life/inclusao-escolar/empatia-na-educacao-inclusiva/, com adaptações, acessado no dia 12/novembro/2.024.

 

Fonte: https://diversa.org.br/artigos/empatia-na-educacao-inclusiva-conviver-ensinar-na-diferenca/, com adaptações, acessado no dia 12/novembro/2.024.

 

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/qual-e-a-diferenca-entre-competencia-e-habilidade, acessado no dia 12/novembro/2.024.

 

 

Núcleo Técnico Pedagógico.

Colégio Pró-Saber Bio.

07/dezembro/2.024.

 

“Acolher é criar um ambiente seguro, onde cada pessoa possa se desenvolver de acordo com as próprias habilidades.  Busque conviver com as diferenças!!!”

09/05/25
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